Uma das maiores preocupações do Designer de interiores consiste em manter a harmonia de um ambiente. A harmonização de um ambiente depende de uma série de fatores como formas, texturas, distribuição etc. Dentre esses elementos, destaca-se principalmente a iluminação de um cômodo, pois ela garante aconchego e harmonia para o lar. A iluminação dá forma a um lugar, destaca um mobiliário ou um canto do cômodo, esconde imperfeições, atrai e conduz a atenção para um objeto, amplia ou diminui um espaço etc. Além disso, a iluminação afeta diretamente como nos sentimos em um determinado ambiente, por isso ela é tão importante para a sensação de harmonia e bem-estar na casa, tendo o mesmo peso que o mobiliário, por exemplo.
Ela pode ser natural ou artificial, e para cada tipo de iluminação haverá uma solução ideal, bem como escolha de cores e posição do mobiliário. Por isso, um bom projeto de iluminação deve acontecer na planta, pensando em pontos de luz, tomadas e interruptores, evitando que fios fiquem para fora. Nesse momento, spots embutidos em tetos e paredes devem ser resolvidos. No entanto, grande parte das pessoas não adquire um imóvel na planta, tendo, portanto, a necessidade de pensar na iluminação apenas posteriormente. Se esse é o seu caso, um bom jeito é pensar nas principais questões, como função do cômodo, pontos de destaque do ambiente, posição dos móveis etc.
Também é importante pensar em quais são os horários que o cômodo recebe maior iluminação natural, pois ela será decisiva para a escolha da paleta de cores e do tipo de luz artificial que ocupará o ambiente. Se o cômodo, por exemplo, recebe mais luz durante a tarde, é melhor evitar cores com tons vermelhos, laranjas ou amarelos. Já a cor branca, por exemplo, valoriza a iluminação natural. Se, entretanto, o ambiente não receber muita iluminação natural, é preciso investir na paleta de cores e também na iluminação artificial. Esse tipo de iluminação pode ser dividida em diversas partes, conforme veremos a seguir.
1) Iluminação Pontual
Iluminação pontual, como o próprio nome sugere, é o tipo de iluminação que atende a uma área específica, deixando os outros espaços do ambiente na sombra. Como exemplo, imagine uma poltrona para leitura com uma luminária, ou uma mesa de jogos com um pendente iluminando apenas a área de carteado.
2) Iluminação de Ambiente
É a iluminação mais tradicional, aquela que atende um ambiente em todo o seu espaço. Pode ser um único ponto como a iluminação de uma cozinha ou vários pontos como em uma sala que possua a iluminação central e vários pontos como spots dentro de sancas de gesso, por exemplo. Isso proporciona uma sensação de conforto e redução de gasto de energia, uma vez que você pode optar pela área a ser iluminada.
3) Iluminação Cinética
Também conhecida como luzes vivas, é uma iluminação que transmite uma sensação de movimento, trazendo mais vivacidade que as demais formas de iluminação. Como exemplo, podemos citar a iluminação de velas, fogueira, lareira, entre outras.
4) Iluminação Decorativa
É o tipo de iluminação que permite destacar no ambiente um objeto decorativo, levando-se em conta que a própria iluminação pode ser um objeto de decoração. Esse tipo de iluminação tem o poder de gerar efeitos como modelagem de volumes e sombras, o que permite criar uma decoração agradável e aconchegante.
5) Iluminação Funcional
É o tipo de iluminação que não preza pela estética, mas atende a finalidade a qual se destina, como a iluminação de banheiros, corredores e escadarias.
Tipos de lâmpadas:
A escolha das lâmpadas depende do efeito desejado para cada ambiente. A escolha deve levar em consideração o formato, a temperatura, a cor e a abertura de facho. Por exemplo, as iluminações indiretas ficam melhores com as lâmpadas de LED, mas a iluminação de um ponto, como esculturas e quadros, é melhor feita por lâmpadas halógenas, consideradas bastante elegantes.
As lâmpadas fluorecentes, conhecidas como lâmpadas brancas, têm ocupado um lugar de destaque nas casas, pois, além de ecologicamente corretas, garantem uma boa iluminação e economia na conta de luz. No entanto, alguns ambientes ainda pedem lâmpadas incandescestes, as lâmpadas amarelas, pois ela traz uma maior sensação de aconchego, sendo preferidas em salas e quartos. Caso haja uma grande circulação de pessoas nessas áreas, talvez seja interessante investir como sistema de controle de iluminação.
As lâmpadas LED possuem uma característica chamada de temperatura de cor, que determina a cor da luz emitida. A temperatura da cor é medida em Kelvin (K) e basicamente existem três opções comerciais:
Branca quente (2700K a 3500K), deixa o ambiente agradável e indicado para quartos e salas.
Branca natural (4200K), é indicada para artesanato, pintura e leitura, pois não altera as cores.
Branca fria (5500K a 6000K), que é ótima para banheiros, cozinhas e lavanderias.
Gostaram? Como vocês fizeram ou farão o projeto luminotécnico?
Meu arquiteto não fez o projeto e apenas definiu a iluminação funcional e os pontos de tomada, deixou a desejar também nesse quesito, e agora tenho que correr atrás, e uma saída que encontrei foi colocar iluminação embutida nos moveis!